Genilson Barcelos, outro comerciante da região, também lamenta a situação.
"Lamentável o que vem acontecendo. Sou morador daqui há 42 anos. Infelizmente dessa vez veio para destruir tudo. 100% pedido, praticamente tudo condenado", disse.
A Prefeitura informou que contratará estudo técnico de oceanografia entre as travessas 1 e 14, para que sejam apontadas as medidas necessárias para o local. O objetivo é buscar uma solução definitiva para o caso.
"Nossas ações imediatas foram retirar essas pessoas dessa área sensível e, em seguida, agilizar os serviços para alocá-las em aluguel emergencial. Outro ponto é efetivar o contrato do estudo técnico para a solução definitiva do bairro Fronteira. As equipes continuam vistoriando os imóveis para garantir que essas famílias não retornem às áreas interditadas. Além disso, com o processo de abertura do aluguel emergencial, esses desalojados assinam o Termo de Autorização de Demolição (TAD) dos imóveis", explica o secretário adjunto de Defesa Civil, Joseferson de Jesus.
As equipes da Defesa Civil seguem monitorando a região 24 horas por dia. A Prefeitura disse ainda, que os imóveis em risco já se encontravam interditados anteriormente, com registros em processos junto ao Ministério Público. O governo também ressaltou a Marinha do Brasil alertou sobre a ressaca previamente.
"Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias identificam as mudanças das correntes marítimas, por conta do aquecimento global. O fato reflete diretamente nas ondas. No bairro Fronteira, por exemplo, a ressaca que atingia anteriormente as travessas de 1 a 8, agora temos uma faixa nova, de 8 a 12", contou Joseferson.
A Defesa Civil pede que a população, em caso de emergência, entre em contato pelo telefone 199 ou pelo WhatsApp: (22) 99103-4275. O Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo 193.