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Ex é preso suspeito de envenenar e matar com milkshake

Leva lá, é de morango que ela gosta, disse acusado.

Por JN Notícias RJ em 07/08/2024 às 12:37:06

A investigação sobre a morte da jovem Vitória Conceição, de 23 anos, aponta que o principal suspeito do crime, o ex-companheiro dela, premeditou o envenenamento da moça com um milkshake de morango. A mulher morreu nesta segunda (5) depois de ter ingerido a bebida e passado mal no Ășltimo fim de semana.

Deivid Nascimento Santana foi preso nesta terça-feira (6) pelo crime de feminicĂ­dio. Segundo a polĂ­cia, ele comprou sozinho a bebida e entregou a um empresĂĄrio, a quem tinha convencido de contratar a moça para uma faxina com a desculpa de que faria uma surpresa de pedido de casamento a ela.

Em depoimento, o empresĂĄrio disse que Deivid se apresentou como "Leandro" e que, ao entregar a bebida a ele, disse: "Leva para ela. É de morango, o que ela mais gosta. Não fala para ela que foi eu que mandei, não".

"Planejado, premeditado, não foi um crime de Ă­mpeto. Pelo contrĂĄrio, foi algo pensado, torpe", declara o delegado Bruno Gilaberte.

Ativa nas redes sociais, Vitória chegou a postar uma foto da bebida pela metade. A perĂ­cia feita pela polĂ­cia vai determinar se era veneno de rato ou não no fundo do copo.

A moça deixa um filho de 4 anos e não hĂĄ informações do enterro.



O passo a passo do crime

De acordo com os investigadores, primeiro, Deivid chegou sozinho à lanchonete e depois encontrou o homem, a quem pediu que fosse entregar o lanche para Vitória. Como a bebida ficou pronta primeiro, ele deixou o homem esperando batatas fritas e saiu do estabelecimento com o milkshake na mão.

Nesse momento, ele foi sozinho atĂ© um sobrado com a bebida e retornou cinco minutos depois. A testemunha afirmou para a polĂ­cia que chegou a vĂȘ-lo entrar nesse imóvel.

A PolĂ­cia investiga se Deivid colocou veneno de rato neste momento.

Segundo a investigação, como tinha uma medida protetiva e não podia se aproximar da vĂ­tima, Deivid usou outras duas pessoas para entregar a bebida envenenada. Uma delas era o dono de uma casa para onde foi contratada uma faxina que seria feita pela vĂ­tima. Outro fez a ponte entre a vĂ­tima e o dono da casa.

VĂ­tima pediu socorro

A moça procurou a polĂ­cia hĂĄ pouco mais de uma semana dizendo que, no dia 28 de julho, Deivid invadiu a casa dela em MaricĂĄ, na Região Metropolitana do Rio, armado com uma faca.

Em depoimento, ela contou que estava com o atual namorado dormindo na residĂȘncia e que o homem acabou ferido no braço, mas que a faca quebrou. Nesse momento, Deivid teria ido em um vizinho e buscado uma foice, mas foi espantado pelo homem, que se meteu na briga.

Na ocasião, ela solicitou as medidas protetivas - que foram concedidas pela Justiça. Mas, ela acreditava que ele não tinha recebido o oficial de justiça para ciĂȘncia das medidas cautelares e, por telefone, disse que estava na Bahia.

TrĂȘs dias depois, no dia 31 de julho - cinco dias antes da sua morte - ela voltou à delegacia para denunciar perseguição. A jovem contou que estava recebendo mensagens de diversos nĂșmeros e que acreditava ser o ex, que não aceitava o fim do relacionamento.



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