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MP Eleitoral pede a suspensão da candidatura de Pablo Marçal

Promotor também solicitou à Justiça a abertura de uma investigação por abuso de poder econômico

Por JN Notícias RJ em 19/08/2024 às 19:14:42

O MinistĂ©rio PĂșblico Eleitoral pediu à Justiça a suspensão do registro de candidatura do ex-coach Pablo Marçal, postulante do PRTB à prefeitura de São Paulo, e a abertura de uma investigação por abuso de poder econômico. A solicitação, assinada pelo promotor Fabiano Petean, foi encaminhado no Ășltimo sĂĄbado 17.


A suspeita Ă© que o empresĂĄrio esteja turbinando a própria audiĂȘncia nas redes sociais com impulsionamento irregular de publicações, omitindo o dinheiro utilizado para isso - uma conduta vedada pela legislação eleitoral.


HĂĄ tambĂ©m um pedido para quebrar os sigilos bancĂĄrio e fiscal do candidato. Procurada, a assessoria de imprensa de Marçal ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.


Segundo o diretório municipal do MDB, o candidato do PRTB adotou uma "estratĂ©gia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteĂșdos em redes sociais e serviços de streaming que, com os olhos voltados para as eleições, se reveste de carĂĄter ilĂ­cito e abusivo". Na avaliação do promotor, essa estratĂ©gia, se comprovada, tem o poder de "desequilibrar o pleito eleitoral".


Petean ainda disse que a possĂ­vel "omissão do dinheiro desempenhado para os pagamentos e impulsionamento" de tais publicidades Ă© um "comportamento que depõe desfavoravelmente" ao registro de candidatura de Marçal, o que caracteriza financiamento não declarado de campanha e compromete "sistematicamente as contas a serem analisadas".


O perĂ­odo de prĂ©-campanha, ressaltou o promotor, deve se voltar à discussão de polĂ­ticas pĂșblicas, sem gastos excessivos, "especialmente se eles ficarem, num primeiro momento, à margem de qualquer contabilização oficial e fiscalização da Justiça Eleitoral".


"Com o mĂĄximo respeito, não se sabe de onde vieram os recursos utilizados para alavancar o nome do investigado e tampouco quanto de dinheiro foi utilizado nesse momento. O que se sabe Ă© que tais atos (tĂ­picos de campanha) consumiram recursos financeiros que não poderiam ser gastos nesse momento e, por isso, resta caracterizado o abuso de poder econômico", sustentou Petean.

O representante do MP argumenta haver "nĂ­tida existĂȘncia de um verdadeiro abuso de poder", porque Marçal teria iniciado sua campanha "com utilização dos recursos econômicos não declarados e, outrora, originados de empresas e de financiamento pĂșblicos questionĂĄveis, realizando atos ilĂ­citos, não de propaganda ilĂ­cita antecipada jĂĄ apuradas, mas abusando tambĂ©m do poder polĂ­tico para extrair sua vantagem indevida na captação de votos".

Fonte: Carta Capital

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