Em São Paulo, de longe a maior cidade do país em termos populacionais e terceiro maior Orçamento público do Brasil atrás apenas da União e do Estado de São Paulo, o ex-coach e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) assumiu esse papel e embaralhou uma disputa que inicialmente parecia ser um duelo indireto entre Lula, representado por Guilherme Boulos (PSOL), e Bolsonaro, que deu seu apoio ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB).
Com uma retórica agressiva, marcada por apelidos desrespeitosos colocados em adversários e por acusações sem provas contra rivais, Marçal conquistou notoriedade -- apesar de estar em um partido nanico sem tempo de TV -- e um lugar na disputa por uma vaga no segundo turno, juntando-se a Boulos e Nunes.
Lançando mão de uma forma heterodoxa de fazer campanha, Marçal fez com que episódios como a cadeirada que levou durante um debate do candidato José Luiz Datena (PSDB), após afirmar que o rival não era homem para agredi-lo, e do soco que um assessor seu desferiu no marqueteiro de Nunes após outro debate, ganhassem as manchetes em todo país e se tornassem marca de uma campanha que se revelou pobre na apresentação de propostas para a cidade.
O domingo deve ser marcado também pela reeleição já em primeiro turno de prefeitos em importantes capitais -- casos do Rio de Janeiro, com Eduardo Paes (PSD); Recife, com João Campos (PSB), e Salvador, com Bruno Reis (União).
Em outras, no entanto, o atual ocupante da cadeira deve ficar fora de uma rodada decisiva de votação, casos de Belém, de Edmilson Rodrigues (PSOL), e Fortaleza, de José Sarto (PDT). Na capital cearense, inclusive, o duelo de segundo turno deve ser entre um petista, Evandro Leitão, e um bolsonarista, André Fernandes (PL).
Fonte: Terra