Morreu mesta quinta-feira (29), o ex-vereador de Campos dos Goytacazes, Hélio de Freitas Coelho, aos 75 anos.
De acordo com informações, Hélio Coelho teria passado mal em sua residência, e faleceu.
Além de ex-vereador, ele também era professor, escritor, cantor, ex-presidente da Academia Campista de Letras, advogado, historiador, e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes.
A história de Hélio Coelho:
Hélio de Freitas Coelho dos Santos nasceu em Mussurepe, distrito de Campos, em 15 de dezembro de 1947. Filho de Edgar Coelho dos Santos e Eurice Maria de Freitas Coelho dos Santos. Com poucos meses, foi morar na localidade de São Martinho com sua família, onde seu pai foi um respeitado farmacêutico e liderança política local.
Iniciou seus estudos na Escola Pública de São Martinho e concluiu o primeiro grau no Colégio São Salvador, em 1963. Cursou o Científico no Colégio Batista Fluminense e o Clássico no Liceu de Humanidades de Campos, em 1966. Licenciado em História pela Faculdade de Filosofia de Campos, com Pós-Graduação em História do Brasil, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Concluiu o curso demetodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal Fluminense. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Campos.
Atuou como professor adjunto do curso de Serviço Social da UFF e da Faculdade de Direito de Campos (UNIFLU – FDC – CAPUS I).
Possui dezenas de Certificados de Cursos e Seminários de Aperfeiçoamento de curta e média duração na área em que trabalha no âmbito educacional.
No campo artístico, participou do Curso de Apreciação Musical e Literatura Pianística e também, do Curso Música Popular Brasileira. Sua preocupação com o universo cultural da região levou-o a compor poesias e canções premiadas em festivas regionais.
Sua atuação na área política iniciou-se em 1972 quando foi eleito vereador pela ARENA, com 3.455 votos. Nesta época, presidia o executivo Rockefeller de Lima. Retornou ao legislativo em 1977, também pela ARENA, com 2.700 votos. Segundo FERREIRA (2012, p.79), "Em 1976, novo casuísmo da ditadura: o mandato seria de seis anos para que voltasse a coincidência de eleições e mandatos". Como vereador, foi eleito pelos seus colegas edis para presidir a Mesa da Câmara no biênio de 1977 a 1978, tendo Campos como Prefeito o Dr. Raul David Linhares. Foi o período da abertura política no Brasil. Sobre esse momento da política brasileira e sua atuação na Câmara, declara Hélio Coelho:
"Foi um período de inserção da Câmaranas lutas populares pela redemocratização. Consegui colocar a Câmara como espaço privilegiado de ressonância dos Professores, Pescadores, Associações de Moradores, Servidores Municipais, Política Ideológica, Greves, Comitê pela Anistia. Convidava insistentemente a imprensa para dar cobertura ao vivo das sessões para que a população tivesse acesso ao que era debatido pelos representantes da ARENA e MDB".
No ano de 1997 assumiu o cargo de editor do Jornal "Educação e Cultura" para continuar sua contribuição para o avanço da educação campista.
Exerceu o cargo de Secretário Municipal, de 1989 a 1992, a convite do então prefeito, Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira.
Assumiu de 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996 a chefia do gabinete do prefeito Sergio Mendes.
Foi agraciado pelo Poder Público Municipal com as Comendas: "ORDEM DO MÉRITO MUNICIPAL", "ORDEM DO MÉRITO BENTA PEREIRA" e com o Troféu "OURO DA TERRA".
Eleito pelos acadêmicos campistas tomou posse na Cadeira n° 12, da Academia Campista de Letras.
Presidente da Academia Campista de Letras no biênio 2013/2014, foi reeleito para o período de 2015/2016.
Muito atuante, publicou vários artigos e concedeu muitas entrevistas à imprensa local (jornal, rádio, TV), sempre versando sobre questões de natureza histórica, política, econômica, social, educacional e cultural da região e do país.