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Amarras de plataforma flutuante na Bacia de Campos se rompem

Sindipetro-NF explica que amarras são usadas para manter a P-31 estável.

Por JN Notícias RJ em 08/07/2023 às 12:14:28

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) divulgou, nesta quinta-feira (7), que duas amarras da plataforma flutuante P-31, na Bacia de Campos, se romperam. E que o problema ocorre desde esta quinta-feira (6), segundo informações recebidas de profissionais que atuam no setor.O Sindipetro-NF disse que pediu o desembarque imediato dos trabalhadores, permanecendo apenas os que são essenciais para as atividades de segurança e reparo dessas amarras.


A entidade explica que esse sistema de ancoragem garante que a plataforma fique estável, parada. E se ele está comprometido, "naturalmente, a vida e a segurança dos trabalhadores, e da própria unidade, ficam também comprometidos", afirmou o sindicato.

O sindicato foi informado que o caso ocorreu durante uma auditoria da ANP (Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis). E disse que os auditores solicitaram o desembarque, por considerarem o local inseguro.

"Tivemos a informação de duas amarras rompidas e de condições de mar adversas. Ontem o balanço estava grande a ponto de não possibilitar pousos e decolagem na unidade. Neste nível de amarras rompidas pode haver risco de rompimento em cadeia. A unidade se encontra com a produção parada, contudo ela é conectada a outras unidades, com passagem de fluxo de hidrocarbonetos", detalha o coordenador do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira.


O Sindipetro-NF disse ainda que recebeu a seguinte informação da Petrobras:

"No dia 05/07/2023, às 16h40, foi observado um aumento no passeio da unidade e foi acionada a gerência naval que enviou uma embarcação para inspeção das amarras. Por volta de 01h (06/07/2023) a embarcação Skandi Paraty constatou rompimento da amarra 3. Durante a inspeção do sistema de ancoragem foi identificado também o rompimento da amarra 4, que é adjacente à amarra 3 (...) Após verificação do passeio da unidade além do limite, foi acionado o contato de Emergência Naval. Quando constatado o rompimento, aberto CAEME e ações de contingenciamento de acordo com o plano da Engenharia Naval".

Segundo o Sindipetro, a Petrobras informou também que a situação não estava normalizada.


Ao g1, a Petrobras informou, em nota, que está realizando o monitoramento constante da movimentação da unidade, e que está dentro dos parâmetros de segurança previstos em projeto. Disse ainda que "a unidade encontra-se estável e em segurança, sem oferecer risco às pessoas e ao meio ambiente e que todos os órgãos fiscalizadores foram comunicados e todas as medidas necessárias para o reparo do sistema estão sendo tomadas".


Veja nota na íntegra da Petrobras

"A Petrobras informa que nesta quinta-feira (6) a plataforma P-31, localizada no Campo de Albacora, na Bacia de Campos, teve o rompimento de duas amarras do seu sistema de ancoragem. A plataforma encontrava-se em parada de produção.

A P-31 é ancorada por oito amarras e estamos realizando o monitoramento constante da movimentação da unidade (passeio), que está dentro dos parâmetros de segurança previstos em projeto. A unidade encontra-se estável e em segurança, sem oferecer risco às pessoas e ao meio ambiente.

A unidade produz, em média, 16 mil barris de óleo por dia. (18 mil de boe).

Informamos que todos os órgãos fiscalizadores foram comunicados e todas as medidas necessárias para o reparo do sistema estão sendo tomadas".

Fonte: G1

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