A decisão de aceitar ou não o pedido depende exclusivamente do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Deputados federais de oposição ao governo do presidente Lula irão protocolar um pedido de impeachment contra o petista por conta de declarações recentes onde o chefe do Executivo comparou os ataques de Israel contra civis na Faixa de Gaza ao holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial.
"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", afirmou o presidente, neste domingo (18/2).
Grande parte dos signatários ao pedido de afastamento de Lula são do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro. A lista também conta com políticos do Republicanos, Progressistas e União Brasil.
A bancada da oposição na Câmara dos Deputados apresentou um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após declaração dele comparando as ações de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto. Até o momento, o pedido já conta com o apoio de 129 deputados federais na manhã desta quarta (21).
A ideia para abertura do pedido de impeachment é da deputada federal Carla Zambelli (PL). Ela defende que não se pode comparar o que está acontecendo em Gaza com a morte de milhões de judeus ao longo da Segunda Guerra Mundial.
"O povo de Israel precisa ser respeitado e o holocausto não pode ser banalizado desta forma. Lula, tenha respeito pelas mais de 6 milhões de pessoas assassinadas", escreveu a parlamentar na rede social X, antigo Twitter.
O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro e signatário do pedido de impeachment, rechaçou as declarações do presidente Lula sobre as ações de Israel contra a Faixa de Gaza.
"Com a declaração, e tantas outras no passado recente, Lula está fechando as portas do Brasil para uma potência militar e tecnológica que poderia beneficiar muito o nosso país através de parcerias e intercâmbios", afirmou o político
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Fonte: Gazeta do Povo/Metrópoles