Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (29), o delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, Carlos Augusto Guimarães deu detalhes da investigação sobre o atropelamento que vitimou Eliana Lima Tavares, de 59 anos. O investigado, o estudante de medicina Carlos Eduardo de Aquino Cardoso, atropelou a própria mãe na noite desta segunda-feira (28), na Avenida Francisco Lamego, no bairro Jardim Carioca, em Guarus, Campos.
Segundo o delegado, inicialmente o suspeito foi preso em flagrante por homicídio culposo sob o uso de álcool e droga. "Entretanto, estamos coletando agora relatos de pessoas que afirmam que houve em um passado recente de desavenças entre filho e mãe. Nas imagens que coletamos no local conseguimos observar que o veículo estava em alta velocidade, invadiu a pista contrária e em seguida atropelou a mulher. Todos esses fatores podem gerar um reviravolta no caso. Até o fim do dia será definido se o caso manterá como homicídio culposo ou passará a tratar-se de homicídio doloso, quando há a intenção de matar e a pena é maior", disse o delegado.
"Esse rapaz já tem um histórico de crimes praticados, como exercício ilegal da profissão de médico, tanto em Campos quanto no município de Cambuci. Além de ocorrências de violência doméstica contra a mãe e porte de drogas. É um histórico de criminalidade que muito nos assusta por se tratar de um rapaz de classe média e estudante de medicina", completou Carlos Augusto.
Aos policiais militares o suspeito informou que não percebeu que tinha atropelado a mãe, o que foi descoberto em seguida pelo pai que reconheceu a bicicleta elétrica da mulher e a bolsa que ela utilizava na hora.
O velório de Eliana aconteceu no salaão do reino das Testemunhas de Jeová, no Parque Alvorada, em Guarus. O entrerro foi marcado para às 17h, no cemitério do Caju.