Estudante confessa à polícia que matou e ocultou corpo de colega de turma em Araruama, no RJ

Bruna Vicente Pereira, de 19 anos, estava desaparecida desde o dia 25 de setembro, após sair da escola. O corpo da estudante Bruna Vicente Pereira, de 19 anos, foi encontrado em área de mata no condomínio onde suspeito adolescente mora, em Araruama
Polícia Civil
Um adolescente de 17 anos foi apreendido nesta quinta-feira (24) suspeito de matar e ocultar o corpo de uma colega de turma, que havia desaparecido no dia 25 de setembro depois de sair da escola no bairro São Vicente, no distrito de Araruama, na Região dos Lagos do Rio.
O corpo da estudante Bruna Vicente Pereira, de 19 anos, foi encontrado enterrado em uma área de mata no condomínio onde o adolescente mora depois do acionamento de policiais militares (25º BPM). A área foi isolada para perícia e ocorrência encaminhada à delegacia da região.
Bruna Vicente Pereira, de 19 anos, foi encontrada morta em Araruama
Polícia Civil
Segundo a Polícia Civil, durante as investigações o jovem confessou, com frieza, ter assassinado a vítima, e deu detalhes sobre o crime.
Ao g1, a Polícia Civil informou que a mãe da vítima procurou a delegacia relatando o desaparecimento e dizendo que a filha não tinha o hábito de sumir de casa. Em meio às investigações, a polícia descobriu que o rapaz havia confessado o crime para uma outra pessoa.
Já na delegacia, acompanhado da mãe, o adolescente contou como matou e a motivação do crime em um depoimento que durou cerca de 40 minutos.
"Ele narrou em sede policial, acompanhado de sua genitora, que tinha uma espécie de compulsão pela Bruna, que, com o passar do tempo, só aumentava. Ele atrai a Bruna para um local ermo, já com a intenção de matá-la. Ele estrangula a vítima com um mata-leão, e enterra o corpo numa cova rasa", contou o delegado assistente da 118ª DP de Araruama, Lauro Coelho.
A polícia informou que o caso será apresentado ao Ministério Público e Juízo da comarca de Araruama, e disse que o menor vai responder por fato análogo ao crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
"A delegacia, nesse momento, só providenciará o confronto genético para a gente ter a confirmação científica de que aquele corpo é o da Bruna. É só ratificar o que a gente já sabe. A gente sabe que aquele corpo é o da Bruna, mas para não pairar nenhuma dúvida processual futura", disse o delegado, explicando que algum familiar da Bruna vai fornecer o material genético à polícia.